Cidade de SP decreta estado de emergência para a dengue
Decreto foi assinado por Ricardo Nunes na manhã desta segunda (18). Incidência de casos confirmados chegou neste domingo (18) a 414 por grupo de 100 mil habitantes.
Lixo descartado irregularmente favorece aparecimento de ratos, por exemplo, que transmitem doenças — Foto: Reprodução/TV Integração
Mas, além do prejuízo para a cidade, como a má administração do lixo pode prejudicar a saúde individual e pública? Para responder esta questão, conversamos com um infectologista e com o Centro de Controle de Zoonose (CCZ) de Uberlândia.
Segundo o infectologista José Humberto Martins, as bactérias presentes nos resíduos descartados no solo irregularmente podem, eventualmente, causar contaminações na água, por exemplo. Além disso, a forma como o lixo é depositado também pode potencializar o surgimento de vetores de doenças perigosas, não só para quem comporta errado, mas para os vizinhos e a população.
"Ratos, escorpiões e infestação de mosquitos causadores de doenças, como a dengue. Quando há excesso de lixo em locais inadequados, sem o manejo correto no tempo ideal e da forma certa, tudo isso pode surgir e gerar transtornos à saúde das pessoas", afirmou Martins.
Segundo ele, situações de intoxicação, semelhantes ao fato que ocorreu no Presídio Professor Jacy de Assis, podem ser resultado da proliferação de bactérias no lençol freático por conta do lixo, que gera contaminação da água.
"A consciência do cidadão sempre faz diferença. Descartar o lixo no local correto, utilizar os recursos que o poder público oferece e não deixar acumular em casa", afirmou.
Conforme coordenadora do Programa de Controle de Roedores e de Animais Peçonhentos do CCZ de Uberlândia, Juliana Junqueira, a Prefeitura monitora a proliferação de roedores com trabalhos em vias públicas para prevenir doenças, como a leptospirose. Além disso, há também o trabalho de prevenção à dengue.
"A primeira recomendação é quanto ao lixo doméstico: armazene corretamente e coloque para fora próximo do horário do caminhão de coleta. A questão do tempo certo é fundamental para evitar problemas mais sérios".
Segundo ela, roedores, animais peçonhentos e mosquitos têm a propensão de aparecerem em locais onde o descarte ocorre erroneamente.
"As ratazanas que saem dos bueiros muitas vezes procuram o excesso de lixo que acham nas ruas. Locais com muito entulho acumulado podem favorecer o aparecimento do escorpião. Quanto à dengue, é necessário evitar ao máximo surgimento de focos. No final das contas, o poder público fiscaliza e atua, mas a conscientização por parte do cidadão é muito importante no processo."
Lixo jogado nas ruas e em locais impróprios podem gerar danos à saúde — Foto: Reprodução/TV Integração
Acumuladores
Sobre os acumuladores, Juliana Junqueira informou que a Prefeitura pode ajudar até certo ponto com programas de educação e, se preciso, de orientação na casa das pessoas. No entanto, há algumas barreiras legais, já que alguns moradores não permitem a entrada dos agentes.
"Sabemos que é um problema de questão social e psicológica, um transtorno mental, mas muitas vezes vira um problema de saúde pública quando afeta outras pessoas da comunidade. Um acumulador pode fazer do espaço dele um foco de escorpiões e ratos, que pode prejudicar os vizinhos e a cidade".
Psicóloga explica
Consultada pelo G1, a psicóloga Deise Carvalho afirmou que o hábito de acumulação é mais frequente do que se imagina e faz com que a pessoa não consiga se livrar de objetos, com apego afetivo, o que gera muito lixo acumulado. Segundo ela, a questão individual vira problema de saúde pública.
“É um processo patológico, uma doença. O acumulador tem vergonha de mostrar, pois vive em um mundo só seu. O problema é que isso afeta também a saúde de quem está em volta”, explicou.
Pessoas que guardam em casa objetos sem utilidade e em grande quantidade são chamados de 'acumuladores' — Foto: Divulgação/ Prefeitura de Dourados
FONTE: G1
Decreto foi assinado por Ricardo Nunes na manhã desta segunda (18). Incidência de casos confirmados chegou neste domingo (18) a 414 por grupo de 100 mil habitantes.
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