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Leishmaniose em cães preocupa moradores do Morro São Bento

Raika foi internada após perder mais de 15 kg em uma semana. — Foto: Arquivo pessoal

Raika foi internada após perder mais de 15 kg em uma semana. — Foto: Arquivo pessoal


 



Casos de leishmaniose visceral em cães vêm preocupando moradores do Morro São Bento, em Santos, no litoral de São Paulo. A dona de casa Thais Alves, por exemplo, afirma que sua cadela ‘Raika’ perdeu 15 kg em uma semana. Após ficar internada e fazer uma série de exames, o veterinário confirmou que sua mascote está com leishmaniose.





"Falaram que tem vários cachorros morrendo no morro por causa disso. A Raika não está bem. Ela está comendo pouco, está em pele e osso", conta.




Sua vizinha, a dona de casa Márcia Mendes dos Santos, por exemplo, afirma que seu cão ‘Chorão’ foi diagnosticado com leishmaniose no ano passado. Mesmo com a medicação e o uso da coleira indicada por veterinários, o animal não melhorou.




"A doença dele atacou muito a pele. Ele está com feridas por todo corpo que não cicatrizam. Fiquei sabendo de um cão que foi sacrificado após receber o diagnóstico", diz.






 

Chorão foi diagnosticado com leishmaniose no ano passado.  — Foto: Arquivo Pessoal

Chorão foi diagnosticado com leishmaniose no ano passado. — Foto: Arquivo Pessoal





 



Casos registrados



 




Segundo a Prefeitura de Santos, foram registrados 29 casos de leishmaniose visceral em cães do Município em 2018. Não houve registro da doença entre pessoas residentes em Santos nos últimos anos.




O setor esclarece que não há epidemia da doença. "A cidade só é considerada endêmica da doença quando o transmissor é localizado. A Secretaria Municipal de Saúde faz buscas nas matas dos vetores da doença, conhecidos como flebotomíneos, entre eles o mosquito-palha. Até o momento os mesmos não foram encontrados, sendo Santos considerada município em estudo", afirma, em nota, a prefeitura.







 



Reservatórios da doença



 




A médica veterinária Thaís Chucride, professora doutora no curso de medicina veterinária da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), explica que a leishmaniose é uma doença transmitida entre homens e animais causada por um protozoário. A transmissão é feita por mosquitos flebótomos, também conhecidos como mosquito-palha.






 

Mosquito-palha — Foto: Reprodução / TV Globo

Mosquito-palha — Foto: Reprodução / TV Globo





"Os animais mais acometidos pela doença são os cães domésticos, que atuam como reservatórios, entretanto, o gato doméstico e animais silvestres também são suscetíveis. Cerca de 60% dos casos são assintomáticos, o que torna mais difícil o diagnóstico", afirma.




Quando a doença apresenta sintomas, alguns deles são anemia, emagrecimento progressivo e crescimento exagerado das unhas. "Na Baixada Santista, os municípios de São Vicente, Santos, Guarujá e Bertioga já notificaram casos da doença".




Ela explica que não há relatos de transmissão direta da doença do cão infectado para o humano ou vice-versa. "Para que ocorra a transmissão para o ser humano o mosquito flebotomíneo precisa picar o cão positivo, se alimentar do sangue dele e, depois, picar um ser humano", afirma.




No Hospital Veterinário da Unimes, foram confirmados 10 casos de leishmaniose entre 2017 e 2018.




 



Tratamento



 




O tratamento é feito com medicação oral, que custa em torno de R$ 1.000, e também é indicado o uso de coleira antileishmaniose.



 


"O tratamento com o Milteforan foi liberado em agosto de 2016, entretanto, ainda é caro e o animal deve ser monitorado pelo resto da vida. A efetividade da coleira pode alcançar 100% na diminuição de cães e humanos infectados, enquanto que a vacina atinge 80% e a eutanásia 90%, de acordo com a literatura científica", finaliza.




 



Atendimento veterinário



 




Segundo a Secretaria de Saúde, munícipes cujos cães apresentem sintomas como pele e mucosas com feridas, queda de pelos na orelha e em volta do nariz, emagrecimento e crescimento exagerado da unha devem procurar atendimento veterinário.




Na rede pública, a opção é a Codevida, que fica na Avenida Francisco Manoel s/n°, no Jabaquara, e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Os contatos telefônicos são (13) 3203-5593 e 3203-5075.




O serviço realiza o atendimento e notifica a suspeita para a Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz), da Secretaria de Saúde, que encaminha as amostras de sangue para o Instituto Adolfo Lutz, do governo estadual, para confirmar ou descartar a doença.




No caso da suspeita da doença por veterinários particulares, os profissionais devem notificar diretamente a Sevicoz pelos telefones (13) 3257-8032 e 3257-8044.





Quando o diagnóstico é confirmado, a Sevicoz distribui a coleira repelente aos proprietários e orienta sobre a necessidade do uso permanente no animal, além de sua manutenção em local telado.G1


 


FONTE: G1




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